quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O choro do Berimbau...

Canta o pássaro ao longe
Dançam as ondas no mar
Lutam os negros ao som
Do intrumento da liberdade
Que dá o ritmo da revolta
Fortemente latente no peito
Bravejante e indignado
Por tamanha segregação
Quando então terá a sua
Tão sonhada libertação?
De vida e não pensamento
Pois a alma já é livre
Ao contrário do escravista
Sempre pensa em seu irmão
Branco, preto ou colorido,
Pensa em todos sendo iguais
No "Pelô" rodando em praças
No Lacerda ou na Barra
Joga a sua capoeira
Com fervor e muita raça
O chicote fere a pele
Mas não fere a sua cultura
Muito rica de batuques,
Dança, garra e alegria
O Berimba é retirado
E dele fazem o Berimbau
Que se chora, canta ou grita
É pra tirar o grilhão
Lá na Praça Castro Alves
Ele está sempre em vigilia
Contra toda desigualdade
Avista toda a Bahia
Ao lado o mar que lava a alma
Desse povo que é sofrido
Brasileiro, que é mistura,
Do resto de todo o mundo!
Viva Zumbi, viva Castro Alves,
Viva a Revolta dos Búzios
As revoltas contra o homem
Que insiste em ser mandante
E mais um Salve à Bahia
Terra boa bem quente
E ao Acarajé da baiana
Do sorriso sempre constante.

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